segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Love is Dead - Brett Anderson (Eponymous)

Ele está morto. O amor está morto.
Ele, que outrora estava num beijo, num olhar enternecedor e nos gestos próprios de quem é ingénuo, foi-se. Esgotou-se após tantas declarações. Tanto o quiseram tornar credível que ele se esfumou…
Usaram-no. Usaram-no em proveito próprio e acabaram com ele. Mascararam-no, atribuíram-lhe inúmeras formas e feitios até que ele se descaracterizasse. Mentiram-lhe, fizeram-no maior que o que era e ele cansou-se. Prometeram-lhe a eternidade e ele acomodou-se. Passaram por ele sem o ver e ele acobardou-se.
Disseram-no mais alto que o céu, mais comprido que o mar e mais longo que a noite e ele não cresceu. Correram por ele, sem que nunca tenha saído do sítio. Duplicaram-no e ele era egoísta. Pintaram-no e ele deixou de ser espiritual. Venderam-no quando ele não tinha preço.
Agora ele está morto. O amor está morto.

Sem comentários: